Segundo o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (SIMINERAL), dos US$ 20,536 bilhões em exportações totais do Estado do Pará em 2020, as Indústrias de Mineração e Transformação Mineral responderam por 90% deste valor. Juntas, exportaram US$ 18,562 bilhões, 15% a mais do que em 2019, fazendo do setor mineral o grande vetor de crescimento do comércio exterior paraense. A indústria de mineração contribuiu com US$ 16,960 bilhões e a indústria de transformação com US$ 1,602 bilhão.
Os principais produtos exportados pela indústria de mineração do Pará foram ferro, gerando um lucro de US$ 13,968 bilhões, seguido de cobre (US$ 1,899 bilhão), ouro (US$ 295 milhões), manganês (US$ 260 milhões), níquel (US$ 166 milhões), bauxita (US$ 134 milhões), caulim (US$ 119 milhões) e silício (US$ 67 milhões).
No ano passado, o minério de ferro foi o carro chefe da produção e exportação mineral paraense, com 182 milhões de toneladas comercializadas, um crescimento de 20% em relação a 2019.
“O Pará já é o primeiro estado minerador do país. E ainda temos um potencial enorme para se tornar um dos maiores centros mineradores do mundo. Então, temos que mostrar para esse mesmo mundo, que aqui na Amazônia se faz a mineração mais moderna do planeta, em termos de equipamentos e processos ambientais, com respeito ao meio ambiente e às comunidades. Além disso, toda essa potencialidade atrai empreendimentos e grandes empresas do setor mineral que contribuem para a criação de empregos diretos e indiretos e geração de renda”, avalia o presidente do SIMINERAL, José Fernando Gomes Júnior.
Já a indústria de transformação mineral exportou, principalmente, alumina calcinada (óxido de alumínio), com US$ 1,143 bilhão em negócios, alumínio, com US$ 198 milhões, e ferro gusa, com US$ 62 milhões, este representando um aumento de 102% em relação ao comercializado em 2019.
China, Malásia e Japão foram os três maiores mercados compradores de bens minerais produzidos no Pará. As exportações para a China representaram 61% das exportações totais de bens minerais do Pará em 2020, com 141 milhões de toneladas comercializadas. Malásia vem em seguida com 18 milhões e Japão com 6 milhões de toneladas. Outros países com representação no segmento foram Alemanha e Noruega.
A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), em 2020, foi de R$ 3, 112 bilhões, tornando o Pará o maior estado arrecadador com 51,2% de recolhimento de CFEM do Brasil, crescimento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. Parauapebas e Canaã dos Carajás despontam no cenário brasileiro como os maiores municípios arrecadadores, juntos representam 45% de recolhimento de CFEM.
“Como o Pará é o maior Estado produtor de minérios, se torna, consequentemente, também o maior arrecadador da CFEM no Brasil. Isso representa mais recursos para que o Estado e municípios apliquem em melhorias nos setores de saúde e educação, por exemplo”, avalia José Fernando.
Parauapebas recebeu 25,2% de royalties, representando R$ 1,534 bilhão, e Canaã dos Carajás recebeu 19,7%, com R$ 1,198 bilhão. A mineradora Vale é a empresa responsável por 88% da CFEM do Pará, de um total aproximado de R$ 2,734 bilhões em 2020. O SIMINERAL coletou os dados junto ao Ministério da Economia e Agência Nacional de Mineração (ANM).
“Foi um ano desafiador, mas de muitos resultados positivos, de muitas entregas e de muitas realizações e planejamentos para 2021. O setor de mineração contribuiu de maneira decisiva para as sociedades paraense, brasileira e mundial. Em especial no Estado do Pará, as empresas de mineração se uniram junto ao sindicato com um olhar para a comunidade onde nós atuamos”, afirma o presidente José Fernando.